No dia 21 de Outubro, às 21.30 horas, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, conversamos com... Cândida Pinto como se pode ver nas fotos que a seguir apresentamos:
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Impressão de Cândida Pinto sobre a última conversa
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
À conversa com... Cândida Pinto
Dia 21 de Outubro, às 21.30 horas, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, vamos estar À conversa com... Cândida Pinto, a propósito do seu livro intitulado "Snu e a vida privada com Sá Carneiro".
Cândida Pinto
Cândida Pinto
Jornalista portuguesa de rádio e televisão, Cândida Pinto nasceu em 1964, em Torres Vedras. Quando frequentava o 10.º ano do ensino secundário ganhou o gosto pelo jornalismo graças a uma professora que teve, precisamente, na disciplina de Jornalismo. Na sua juventude mudou-se para Lisboa, onde estudou Comunicação Social no Instituto de Ciências Sociais e Políticas. Ainda enquanto era estudante começou a fazer estágios, tendo principiado na Antena 1, canal da Radiodifusão Portuguesa. Cândida Pinto acabou por ficar a trabalhar neste canal público de rádio. Mais tarde, passou para a TSF-Rádio Jornal, pouco depois desta estação privada especializada em informação ter começado a emitir em 1988. Na altura do arranque da TSF, a jornalista estava na RDP e a fazer um curso de formação na Radiotelevisão Portuguesa. Na TSF, trabalhou com jornalistas de renome como Sena Santos, Emídio Rangel, Fernando Alves e Adelino Gomes. Contudo, a paixão pela televisão foi mais forte, especialmente depois de Cândida Pinto ter feito na RTP o curso de formação específica em linguagem televisiva. A sua preferência foi para a área da reportagem.
Quando a SIC - Sociedade Independente de Televisão surgiu, em outubro de 1992, Cândida Pinto era já uma das jornalistas que integravam o quadro redatorial do novo canal privado português. Rapidamente se notabilizou, afirmando-se como uma das melhores repórteres do país. Especializou-se em grandes reportagens e em reportagens de guerra. Assim, como repórter de guerra esteve em locais de conflito, como Angola (1994), Guiné (1998), Kosovo (1999), Timor e Afeganistão (2001).
A 17 de setembro de 2001, Cândida Pinto passou a dirigir a SIC-Notícias, canal especializado em informação que é transmitido através de cabo e que foi lançado em janeiro de 2001. Trocou assim a reportagem pela direção de um canal, um passo que considerou muito interessante do ponto de vista profissional.
Cândida Pinto. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-10-12].
Sinopse
Quis o destino que as vidas de Snu Abecassis e Sá Carneiro se cruzassem um dia, para nunca mais voltarem a ser iguais. A «Princesa que veio do frio», como se referiam a ela, era uma mulher obstinada, forte e cheia de vida. Fundadora das Publicações Dom Quixote, Snu criou uma linha editorial que não se cansava de enfrentar o regime. Ela era uma mulher que não tinha medo de nada. Assim foi Snu na vida profissional, mas também na pessoal, cuja grande paixão com Sá Carneiro desafiou todas as leis do Estado Novo. Por Sá Carneiro, Snu pediu o divórcio, o que era um escândalo na época. Por Snu, Sá Carneiro abandonou um casamento ultra conservador (não conseguindo, porém, de imediato o divórcio). Contra tudo e contra todos, assumiram uma união de facto, muito mal vista na época, e comportavam-se como marido e mulher. Mesmo sabendo que a sua carreira política poderia ficar ameaçada por esta união, Sá Carneiro não desarmou nunca, chegando a dizer inclusive em 1977 que «Se a situação for considerada incompatível com as minhas funções, escolherei a mulher que amo».
Este livro vai fazê-lo reviver uma das mais emocionantes histórias de amor já vividas em Portugal, uma história inspiradora interrompida apenas pelo trágico acidente/atentado de Camarate, onde ambos ambos perderam a vida. Revivendo a história de Snu e Sá Carneiro o leitor terá ainda a oportunidade de viajar por alguns dos capítulos mais importantes da história da democracia em Portugal, nos quais Sá Carneiro era um dos protagonistas principais.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Mensagem de J. Rentes de Carvalho
Mensagem enviada pelo escritor J. Rentes de Carvalho a propósito d' A conversa realizada no passado dia 30 de Setembro na Biblioteca Municipal.
Caríssimos,
(todos; os que encontrei e falei, os que só vi, os que não estavam mas pertencem à Biblioteca)
Foi surpresa e satisfação, tanto mais que vou de pé atrás para semelhantes andanças. Mas que alegria sentir-me assim de repente em casa, entre amigos, com o sentimento de ter retornado, não ao lugar do crime, mas ao palco de uma quase esquecida juventude.
Recordações assim guardam-se egoisticamente, não vá alguém (ex-namorada, ex-concorrente...) vir do longe dos anos a exigir um pedaço. E agradecem-se do coração.
Para todos, pois, aquele abraço.
J. Rentes de Carvalho
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
RENTES O FINGIDOR
Um dia, numa escola da cidade, um dos funcionários encontrou um desconhecido junto da cantina a olhar, apalermado, através das vidraças. Houve um tempo em que por cá se construíam escolas como o partido daquele saudoso político da nossa praça: «com paredes de vidro». Quanto ao partido, sempre duvidei da real diafaneidade dessas paredes, já quanto à escola, eu mesmo posso testemunhar, as paredes eram mesmo transparentes, de modo que o intruso podia ver tudo o que lá dentro se passava. O funcionário abordou o desconhecido informando-o que não podia permanecer ali. O homem encarou-o com olhar assombrado e, sem dar mostras de ter ouvido o que funcionário lhe tinha dito, começou a balbuciar que «não o conhecia». Referia-se ao filho: «Estou aqui a apreciar o comportamento dele e só tenho a dizer que não o conheço. Se não o tivesse visto e se me tivessem dito que ele fazia isto não teria acreditado». O filho divertia-se a fazer toda a sorte de patifarias que o pai jamais pensou um filho seu ser capaz de fazer. E, sem conseguir livrar-se daquele ar aterrado, concluiu: «ele em casa não é nada disto».
Lembrei-me deste episódio quando na última sexta feira ouvi o escritor J. Rentes de Carvalho na Biblioteca Municipal de Viana. Rentes de Carvalho que, mau grado ter nascido em Vila Nova de Gaia, vai para oitenta anos, gosta de reivindicar para si a posse de uma costela transmontana provando-o com complexos cálculos aritméticos, é um escritor consagrado na Holanda, onde vive há mais de meio século, mas quase desconhecido por cá, onde apenas há dois ou três anos a sua obra começou a ser realmente tratada como merece. Uma das suas primeiras obras editadas em Portugal, com quinze anos de atraso, diga-se, foi Tempo Contado. O livro é, na realidade, um diário onde, durante um ano inteirinho, entre 1994 e 1995 o escritor anota, religiosamente, “os casos do dia”. Foi com este livro que tomei conhecimento do autor. Lendo-o, sendo este um diário, comecei a criar o retrato do artista: um homem avinagrado e lúgubre, constantemente zangado, sem paciência, com pouco sentido de humor, enfim, um ser pouco menos que irascível. Ouvindo-o na Biblioteca senti-me como se teria sentido o pai na cantina da escola, observando horrorizado as tropelias do filho: não o conheço, ele em casa não é nada disto. A sala estava cheia e nunca por lá terá passado alguém que tivesse criado tal empatia com o público como ele. Talvez que como o poeta, Rentes de Carvalho seja um fingidor, aliás foi-o reconhecendo ao longo da sessão, o certo é que conseguiu estilhaçar a imagem que dele tinha começado a criar ao longo da leitura do Tempo Contado e de La Coca. Futuramente terei de ter mais cuidado com as entrelinhas do texto; talvez isso me livre destes embaraços.
Fotos d' A conversa com... J. Rentes de Carvalho
Dia 30 de Setembro, às 21.30 horas, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo.
Testemunho de J. Rentes de Carvalho
Testemunho do escritor J. Rentes de Carvalho relativo à sessão realizada no passado dia 30 de Setembro, na Biblioteca Municipal.
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