Mensagem de Sérgio Godinho sobre a conversa realizada no mês de Dezembro de 2014 na Biblioteca Municipal:
domingo, 28 de dezembro de 2014
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
À conversa com... Sérgio Godinho
No próximo dia 12 de Dezembro, às 21.30 horas, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, vamos conversar com Sérgio Godinho sobre o seu mais recente livro intitulado "Vidadupla".
O Autor
Sérgio Godinho nasceu no Porto e aí viveu até aos vinte anos, altura em que saiu de Portugal. Estudou Psicologia em Genêve durante dois anos, antes de tomar a decisão «para a vida» de se dedicar às artes. Foi actor de teatro e começou a exercitar a escrita de canções nos finais dos anos 60. É de 1971 o seu primeiro álbum, Os Sobreviventes, seguido de mais vinte e sete até aos dias de hoje. Sérgio Godinho é um dos músicos portugueses mais influentes dos últimos quarenta anos. Sobre si próprio disse: «Não vivo se não criar, não crio se não viver. Essa balança incerta sempre foi a pedra de toque da minha vida.» O seu percurso espelha, precisamente, essa poderosa interacção entre a vida e a arte. Voz polifónica, Sérgio Godinho levou frequentemente a sua escrita a outras paragens. Guiões de cinema (Kilas, o Mau da Fita), peças de teatro (Eu Tu Ele NóS Vós Eles), séries de televisão, histórias infanto-juvenis (O Pequeno Livro dos Medos), poesia (O Sangue por um Fio), crónicas (Caríssimas Quarenta Canções), entre vários exemplos. Vidadupla é o capítulo presente desse estimulante itinerário pessoal.
Sérgio Godinho nasceu no Porto e aí viveu até aos vinte anos, altura em que saiu de Portugal. Estudou Psicologia em Genêve durante dois anos, antes de tomar a decisão «para a vida» de se dedicar às artes. Foi actor de teatro e começou a exercitar a escrita de canções nos finais dos anos 60. É de 1971 o seu primeiro álbum, Os Sobreviventes, seguido de mais vinte e sete até aos dias de hoje. Sérgio Godinho é um dos músicos portugueses mais influentes dos últimos quarenta anos. Sobre si próprio disse: «Não vivo se não criar, não crio se não viver. Essa balança incerta sempre foi a pedra de toque da minha vida.» O seu percurso espelha, precisamente, essa poderosa interacção entre a vida e a arte. Voz polifónica, Sérgio Godinho levou frequentemente a sua escrita a outras paragens. Guiões de cinema (Kilas, o Mau da Fita), peças de teatro (Eu Tu Ele NóS Vós Eles), séries de televisão, histórias infanto-juvenis (O Pequeno Livro dos Medos), poesia (O Sangue por um Fio), crónicas (Caríssimas Quarenta Canções), entre vários exemplos. Vidadupla é o capítulo presente desse estimulante itinerário pessoal.
O Livro
O que esconde e o que revela um velho lençol puído sobre a intimidade de uma mulher? Como se prova a inocência quando um álibi incrimina? O que significa a morte na vida de um carrasco, e o que significa a vida nodia da sua morte? Para onde rolam as bicicletas e caminha a história das duas operárias? O que leva um homem a deixar a sua casa, noite após noite, para dormir na rua?
Estas são algumas questões propostas pelas histórias de Vidadupla: um extraordinário mosaico - poético e operático -, em que as figuras se desdobram de pessoas comuns em fantasiosas personagens (e vice-versa), que cumprem um singular destino através do papel que lhes coube no circo da vida.
O que esconde e o que revela um velho lençol puído sobre a intimidade de uma mulher? Como se prova a inocência quando um álibi incrimina? O que significa a morte na vida de um carrasco, e o que significa a vida nodia da sua morte? Para onde rolam as bicicletas e caminha a história das duas operárias? O que leva um homem a deixar a sua casa, noite após noite, para dormir na rua?
Estas são algumas questões propostas pelas histórias de Vidadupla: um extraordinário mosaico - poético e operático -, em que as figuras se desdobram de pessoas comuns em fantasiosas personagens (e vice-versa), que cumprem um singular destino através do papel que lhes coube no circo da vida.
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
À conversa com... João Tordo
No próximo dia 14 de Novembro, às 21.30 horas, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, vamos conversar com o escritor João Tordo sobre o seu mais recente livro intitulado "Biografia involuntária dos amantes".
O Autor
João Tordo nasceu em Lisboa em 1975. Formado em Filosofia pela Universidade Nova de Lisboa, trabalhou como jornalista freelancer em vários jornais. Viveu em Londres e nos Estados Unidos. Em 2001, venceu o Prémio Jovens Criadores na categoria de Literatura e, mais tarde, o Prémio Literário José Saramago 2009 com As Três Vidas (2008), tendo sido finalista, com o mesmo romance, do Prémio Portugal Telecom, em 2011. Com o romance O Bom Inverno, publicado em 2010, foi finalista do Prémio Melhor Livro de Ficção Narrativa da Sociedade Portuguesa de Autores e do Prémio Fernando Namora; a tradução francesa integrou os finalistas da 6.ª edição do Prémio Literário Europeu. Da sua obra publicada constam ainda os romances: O Livro dos Homens sem Luz(2004), Hotel Memória (2007), Anatomia dos Mártires (2011), finalista do Prémio Fernando Namora, e O Ano Sabático (2013). Os seus livros estão publicados em vários países, incluindo França, Itália e Brasil. Biografia involuntária dos amantes é o seu sétimo romance.
O Livro
Numa estrada adormecida da Galiza, dois homens atropelam um javali. A visão do animal morto na estrada levará um deles —Saldaña Paris, um jovem poeta mexicano de olhos azuis inquietos — a puxar o primeiro fio do novelo da sua vida. Instigado pelas confissões desconjuntadas do poeta, o seu companheiro de viagem — um professor universitário divorciado — irá tentar descobrir o que está por trás da persistente melancolia de Saldaña Paris. A viagem de descoberta começa com a leitura de um manuscrito da autoria da ex-mulher do mexicano, Teresa, que morreu há pouco tempo e marcou a vida do poeta como um ferro em brasa. O narrador não poderia adivinhar (porque nunca podemos saber as verdadeiras consequências dos nossos actos) que a leitura desse manuscrito teria o mesmo efeito sobre a sua vida.
As páginas escritas por Teresa revelam a sua adolescência no seio de uma família portuguesa contaminada pela desilusão: um pai ausente e alcoólico, um tio aventureiro e misterioso, uma mãe demasiado protectora. Mas o que ressalta com maior vivacidade daquelas páginas é o relato enternecedor do seu primeiro amor, ao mesmo tempo que começam a insinuar-se na sua vida realidades grotescas e brutais. Confrontado pela primeira vez com a suspeita dessa terrível possibilidade, Saldaña Paris mergulha numa depressão profunda. Determinado em libertar o amigo do poder corrosivo do mal, o nosso narrador compõe então, peça a peça, a biografia involuntária dos dois amantes. Uma biografia que passa pelo desvelar do passado, para que este não contamine irremediavelmente o futuro.
HOMENAGEM AO PROF. JOSÉ BENTO
HOMENAGEM
josé bento
1951—2014
clube de leitura da biblioteca municipal de viana do castelo
na hora de pôr a mesa, éramos cinco: o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs e eu. depois, a minha irmã mais velha casou-se. depois, a minha irmã mais nova casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje, na hora de pôr a mesa, somos cinco, menos a minha irmã mais velha que está na casa dela, menos a minha irmã mais nova que está na casa dela, menos o meu pai, menos a minha mãe viúva. cada um deles é um lugar vazio nesta mesa onde como sozinho. mas irão estar sempre aqui. na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco. enquanto um de nós estiver vivo, seremos sempre cinco.
In josé luís peixoto, «a casa em ruínas
À VOLTA DA MESA SEREMOS SEMPRE DEZOITO
Todos os anos, entrando março, o clube afadiga-se na planificação do aniversário. Os dezoito sentam-se à roda da mesa e toca de esgrimir argumentos. Duas condições apenas: o programa deve apaziguar o espírito e alimentar o corpo.
Vista de fora, por um observador menos atento, a reunião não será muito diferente daquela segunda assembleia dos principais comandantes rebeldes do Coronel Aureliano Buendía: «… idealistas, ambiciosos, aventureiros, gente com ressentimentos sociais e delinquentes comuns. Havia até um antigo funcionário conservador que se asilara na revolta para fugir ao julgamento por desvio de fundos. Muitos nem sabiam por que lutavam». Mas não, embora, como os homens do Coronel Aureliano, o clube seja também uma multidão matizada, as diferenças de opinião jamais ficarão perto de provocar uma explosão interna.
Vista de fora, por um observador menos atento, a reunião não será muito diferente daquela segunda assembleia dos principais comandantes rebeldes do Coronel Aureliano Buendía: «… idealistas, ambiciosos, aventureiros, gente com ressentimentos sociais e delinquentes comuns. Havia até um antigo funcionário conservador que se asilara na revolta para fugir ao julgamento por desvio de fundos. Muitos nem sabiam por que lutavam». Mas não, embora, como os homens do Coronel Aureliano, o clube seja também uma multidão matizada, as diferenças de opinião jamais ficarão perto de provocar uma explosão interna.
Subtraindo a sugestão do sonhador que todos os anos acha que devemos partir para o sul a calcorrear a Patagónia, seguindo os passos de Chatwin, não já para fugir às bombas de cobalto de Estaline, mas em demanda do milodonte e do nostálgico, confundindo John Reed com Warren Beatty, que não senhor, o clube devia era embarcar em Petrogrado, assim mesmo, em Petrogrado, e seguir pelas estepes infindáveis até o mar do Japão nos cortar a marcha. Pelo caminho, na aridez da paisagem da Ásia profunda, havíamos de encontrar resquícios bolcheviques de dezassete que ainda por lá, com certeza, os haverá.
Mas é dos sonhos dos outros, de geografias bem mais modestas, que, invariavelmente, se elege o destino.
Uma vez eleito, o "esgotante" trabalho da assembleia chega ao fim. Agora é hora de se traçar o plano de pormenor: de se eleger a ermida em desfavor da catedral, de se escolher o postigo em vez da porta monumental, de se privilegiar a anta esquecendo o mausoléu, de se preterir o Sauvignon em favor do Antão Vaz de colheita serôdia… e no fim, o Bento, porque isto era sempre trabalho do Bento, joeirado o plano, explica-o ao clube, como explicaria aos seus alunos, com um terno pitagórico, a irrepreensível perpendicularidade dos lados de um triângulo. Foi com ele que admiramos as fachadas
Mas é dos sonhos dos outros, de geografias bem mais modestas, que, invariavelmente, se elege o destino.
Uma vez eleito, o "esgotante" trabalho da assembleia chega ao fim. Agora é hora de se traçar o plano de pormenor: de se eleger a ermida em desfavor da catedral, de se escolher o postigo em vez da porta monumental, de se privilegiar a anta esquecendo o mausoléu, de se preterir o Sauvignon em favor do Antão Vaz de colheita serôdia… e no fim, o Bento, porque isto era sempre trabalho do Bento, joeirado o plano, explica-o ao clube, como explicaria aos seus alunos, com um terno pitagórico, a irrepreensível perpendicularidade dos lados de um triângulo. Foi com ele que admiramos as fachadas
furta-cores da Ágata Ruiz de La Prada no Bairro da Conceição e a notável tecnologia que permitirá ainda a muitas gerações de turistas admirar a soberba construção das casinhas oitocentistas da Praça de Santiago. Foi com o Bento que visitamos a austera alfândega régia que el rei D. João II, o príncipe perfeito, para acautelar os negócios da coroa, mandou erigir em Vila do Conde e, a bordo da caravela Bartolomeu Dias, homenageamos os marinheiros da prodigiosa aventura de quinhentos e foi com o Bento, na casa do Régio, que tomamos conhecimento da peculiar coleção de crucifixos do poeta.
Quando março chegar, rumaremos à Galiza. À Galiza de Rosalía: «Galiza florida, / Qual ela não há: / De flores coberta / Coberta d’espumas». Lá chegados, havemos de procurar as meninas de pedra que brincam ao arco, perpetuamente, numa pracinha de Pontevedra e havemos de espreitar a tertúlia do Café Moderno: com sorte, talvez consigamos ouvir dos tertulianos, fartos vivas à República. Havemos de nos perder no emaranhado das ruas antigas e descansar na Praza de Ferraría à sombra do velho convento, aspirando o perfume das camélias. Depois rumaremos a norte. Atravessamos o Ulla e lá ao longe, veremos aparecer, sobre as águas calmas da ria de Arousa, qual jogo de batalha naval, o extenso quadriculado das plataformas dos mariscadores que nos acompanharão até Rianxo. Lá chegados iremos em peregrinação até à casa de Daniel Castelao, o poeta do Galeguismo que a Falange baniu para o ultramar. Alguém há-de ler o seu mais belo poema que a nossa Dulce Pontes canta maravilhosamente: «Están as nubes chorando / Por un amor que morreu / Están as ruas molladas / De tanto como Chovéu».
Quando março chegar, rumaremos à Galiza. À Galiza de Rosalía: «Galiza florida, / Qual ela não há: / De flores coberta / Coberta d’espumas». Lá chegados, havemos de procurar as meninas de pedra que brincam ao arco, perpetuamente, numa pracinha de Pontevedra e havemos de espreitar a tertúlia do Café Moderno: com sorte, talvez consigamos ouvir dos tertulianos, fartos vivas à República. Havemos de nos perder no emaranhado das ruas antigas e descansar na Praza de Ferraría à sombra do velho convento, aspirando o perfume das camélias. Depois rumaremos a norte. Atravessamos o Ulla e lá ao longe, veremos aparecer, sobre as águas calmas da ria de Arousa, qual jogo de batalha naval, o extenso quadriculado das plataformas dos mariscadores que nos acompanharão até Rianxo. Lá chegados iremos em peregrinação até à casa de Daniel Castelao, o poeta do Galeguismo que a Falange baniu para o ultramar. Alguém há-de ler o seu mais belo poema que a nossa Dulce Pontes canta maravilhosamente: «Están as nubes chorando / Por un amor que morreu / Están as ruas molladas / De tanto como Chovéu».
E quando a fome e o cansaço nos vencerem, sentámo-nos à mesa. Comeremos polvo, mexilhões, navalhas e batatas ao vapor. E no fim, os dezoito, porque à volta da mesa seremos sempre dezoito, de pé, com o melhor vinho ribeiro das fráguas galegas, brindaremos à amizade que nos une, à vida e aos livros.
carlos ponte, outubro de 2014
BIBLIOTECA MUNICIPAL DE VIANA DO CASTELO trinta e um de outubro de dois mil e catorze
clube de leitura da biblioteca municipal de viana do castelo
carlos ponte
cristina bastardo
élia baeta
fernando gomes
giseli jácome
glória lourenço
helena guerreiro
isabel campos
josé bento
josé manuel cristino
lurdes carreira
manuel alberto silva
manuel joão costa
maria do céu campos costa
maria josé nora
paulo correia
rita arantes
rui faria viana
terça-feira, 4 de novembro de 2014
À conversa com ... Manuel Jorge Marmelo
A conversa com o escritor Manuel Jorge Marmelo foi assim...
Impressão deixada pelo escritor Manuel Jorge Marmelo.
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
À conversa com... Manuel Jorge Marmelo
No próximo dia 31 de Outubro, às 21.30 horas, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, vamos conversar com o escritor Manuel Jorge Marmelo sobre o seu mais recente livro intitulado "O tempo morto é um bom lugar".
O Autor
Nasceu em 1971, na cidade do Porto.
É jornalista desde 1989. Em 1994 ganhou o prémio de jornalismo da Lufthansa e em 1996 a menção honrosa dos Prémios Gazeta de Jornalismo do Clube de Jornalismo/ Press Club.
O seu primeiro livro, O Homem que Julgou Morrer de Amor (novela e teatro), inaugurou, em 1996, a coleção Campo de Estreia, da Campo das Letras.
Publicou, depois, Portugués, Guapo y Matador (romance, 1997), Nome de Tango (romance, 1998), As Mulheres Deviam Vir com Livro de Instruções (romance, 1999), O Amor é para os Parvos (romance, 2000), Palácio de Cristal, Jardim-Paraíso (álbum, 2000), Sertão Dourado (romance, 2001), Paixões & Embirrações (crónicas, 2002), Oito Cidades e Uma Carta de Amor (contos e fotos, 2003), A Menina Gigante (infantil, 2003) e Os Fantasmas de Pessoa (romance, 2004).
Tem publicado regularmente textos e contos em diversas antologias e publicações, em Portugal, no Brasil e em França. Alguns destes textos figuram neste livro.
Desde julho de 2001, o seu nome consta do Dicionário de Personalidades Portuenses do Século XX, da Porto Editora, sendo o mais jovem dos nomes biografados.
Em junho de 2005, com o livro O Silêncio de Um Homem Só, é-lhe atribuído o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco, da Associação Portuguesa de Escritores em colaboração com a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão.
O Livro
Galardoado recentemente com o Prémio Correntes d’ Escritas/Casino da Póvoa 2014, pelo romance Uma Mentira Mil Vezes Repetida, M.J. Marmelo lança um extraordinário romance em que temas fundamentais do nosso tempo são tratados com a mais apurada mestria literária.
Depois de acordar ao lado do cadáver de Soraya - a mestiça belíssima, estrela televisiva, com quem mantinha uma relação íntima a pretexto de lhe escrever a autobiografia -, o jornalista desempregado Herculano Vermelho entrega-se à polícia e é preso. Não tem memória de nada, nem de que possa ter sido ele a matar a jovem mulher, mas a prisão parece-lhe ser o lugar ideal, o espaço de sossego e de liberdade (sem contas para pagar, sem apresentações regulares no centro de emprego, sem pressões de qualquer espécie), para passar a sua vida em revista, a relação com as mulheres, e escrever a autobiografia da rapariga morta.
O Tempo Morto É Um Bom Lugar recria ainda a história da breve vida de Soraya e conta a investigação pouco ortodoxa que o jornalista veterano João António Abelha leva a cabo sobre a autoria do crime e, afinal, da própria ficção.
O Autor
Nasceu em 1971, na cidade do Porto.
É jornalista desde 1989. Em 1994 ganhou o prémio de jornalismo da Lufthansa e em 1996 a menção honrosa dos Prémios Gazeta de Jornalismo do Clube de Jornalismo/ Press Club.
O seu primeiro livro, O Homem que Julgou Morrer de Amor (novela e teatro), inaugurou, em 1996, a coleção Campo de Estreia, da Campo das Letras.
Publicou, depois, Portugués, Guapo y Matador (romance, 1997), Nome de Tango (romance, 1998), As Mulheres Deviam Vir com Livro de Instruções (romance, 1999), O Amor é para os Parvos (romance, 2000), Palácio de Cristal, Jardim-Paraíso (álbum, 2000), Sertão Dourado (romance, 2001), Paixões & Embirrações (crónicas, 2002), Oito Cidades e Uma Carta de Amor (contos e fotos, 2003), A Menina Gigante (infantil, 2003) e Os Fantasmas de Pessoa (romance, 2004).
Tem publicado regularmente textos e contos em diversas antologias e publicações, em Portugal, no Brasil e em França. Alguns destes textos figuram neste livro.
Desde julho de 2001, o seu nome consta do Dicionário de Personalidades Portuenses do Século XX, da Porto Editora, sendo o mais jovem dos nomes biografados.
Em junho de 2005, com o livro O Silêncio de Um Homem Só, é-lhe atribuído o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco, da Associação Portuguesa de Escritores em colaboração com a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão.
O Livro
Galardoado recentemente com o Prémio Correntes d’ Escritas/Casino da Póvoa 2014, pelo romance Uma Mentira Mil Vezes Repetida, M.J. Marmelo lança um extraordinário romance em que temas fundamentais do nosso tempo são tratados com a mais apurada mestria literária.
Depois de acordar ao lado do cadáver de Soraya - a mestiça belíssima, estrela televisiva, com quem mantinha uma relação íntima a pretexto de lhe escrever a autobiografia -, o jornalista desempregado Herculano Vermelho entrega-se à polícia e é preso. Não tem memória de nada, nem de que possa ter sido ele a matar a jovem mulher, mas a prisão parece-lhe ser o lugar ideal, o espaço de sossego e de liberdade (sem contas para pagar, sem apresentações regulares no centro de emprego, sem pressões de qualquer espécie), para passar a sua vida em revista, a relação com as mulheres, e escrever a autobiografia da rapariga morta.
O Tempo Morto É Um Bom Lugar recria ainda a história da breve vida de Soraya e conta a investigação pouco ortodoxa que o jornalista veterano João António Abelha leva a cabo sobre a autoria do crime e, afinal, da própria ficção.
terça-feira, 29 de julho de 2014
À conversa com... Álvaro Laborinho Lúcio
Fotos da conversa realizada com Álvaro Laborinho Lúcio, no dia 25 de Julho de 2014, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal, a propósito do livro "O chamador".
terça-feira, 8 de julho de 2014
À conversa com... José Eduardo Agualusa
No próximo dia 11 de Julho, às 21.30 horas, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, vamos conversar com o escritor José Eduardo Agualusa sobre o seu mais recente livro intitulado "A Rainha Ginga".
O Livro
O novo romance de José Eduardo
Agualusa, A Rainha Ginga, conta a vida fantástica de Dona Ana de Sousa, a
Rainha Ginga (1583-1663), cujo título real em quimbundo, "Ngola", deu
origem ao nome português para aquela região de África. É a
história de uma relação de amor e de combate permanente entre Angola e
Portugal, narrada por um padre pernambucano que atravessou o mar e recorda
personagens maravilhosos e esquecidos da
nossa história - tendo como elemento central a Rainha Ginga e o seu significado
cultural, religioso, étnico e sexual para o mundo de hoje.
O Autor
José Eduardo Agualusa nasceu no
Huambo, Angola, em 1960. Estudou Silvicultura e Agronomia em Lisboa, Portugal.
Os seus livros estão traduzidos em 25 idiomas.
Escreveu várias peças de teatro:
"Geração W", "Aquela Mulher", "Chovem amores na Rua do
Matador" e "A Caixa Preta", estas duas últimas juntamente com
Mia Couto.Beneficiou de três bolsas de criação literária: a primeira, concedida pelo Centro Nacional de Cultura em 1997 para escrever «Nação crioula», a segunda em 2000, concedida pela Fundação Oriente, que lhe permitiu visitar Goa durante 3 meses e na sequência da qual escreveu «Um estranho em Goa» e a terceira em 2001, concedida pela instituição alemã Deutscher Akademischer Austauschdienst. Graças a esta bolsa viveu um ano em Berlim, e foi lá que escreveu «O Ano em que Zumbi Tomou o Rio». No início de 2009 a convite da Fundação Holandesa para a Literatura, passou dois meses em Amesterdão na Residência para Escritores, onde acabou de escrever o romance, «Barroco tropical».
Escreve crónicas para a revista LER e para o portal Rede Angola.
Realiza para a RDP África "A hora das Cigarras", um programa de música e textos africanos.
É membro da União dos Escritores Angolanos.
quarta-feira, 25 de junho de 2014
À conversa com... João Tordo
POR MOTIVOS DE ORDEM PESSOAL QUE IMPOSSIBILITAM O ESCRITOR DE ESTAR PRESENTE ESTA SESSÃO FOI CANCELADA
sexta-feira, 20 de junho de 2014
À conversa com... João Tordo
No próximo dia 27 de Junho, às 21.30 horas, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, vamos conversar com o escritor João Tordo sobre o seu mais recente livro intitulado "Biografia involuntária dos amantes".
O Autor
João Tordo nasceu em Lisboa em 1975. Formado em Filosofia
pela Universidade Nova de Lisboa, trabalhou como jornalista freelancer em
vários jornais. Viveu em Londres e nos Estados Unidos. Em 2001, venceu o Prémio
Jovens Criadores na categoria de Literatura e, mais tarde, o Prémio Literário
José Saramago 2009 com As Três Vidas (2008), tendo sido finalista, com o mesmo
romance, do Prémio Portugal Telecom, em 2011. Com o romance O Bom Inverno,
publicado em 2010, foi finalista do Prémio Melhor Livro de Ficção Narrativa da
Sociedade Portuguesa de Autores e do Prémio Fernando Namora; a tradução
francesa integrou os finalistas da 6.ª edição do Prémio Literário Europeu. Da
sua obra publicada constam ainda os romances: O Livro dos Homens sem Luz
(2004), Hotel Memória (2007), Anatomia dos Mártires (2011),
finalista do Prémio Fernando Namora, e O Ano Sabático (2013). Os seus livros
estão publicados em vários países, incluindo França, Itália e Brasil. Biografia
involuntária dos amantes é o seu sétimo romance.
O Livro
Numa estrada adormecida da Galiza, dois homens atropelam um
javali. A visão do animal morto na estrada levará um deles —Saldaña
Paris, um jovem poeta mexicano de olhos azuis inquietos — a puxar o primeiro
fio do novelo da sua vida. Instigado pelas confissões desconjuntadas do poeta,
o seu companheiro de viagem — um professor universitário divorciado — irá
tentar descobrir o que está por trás da persistente melancolia de Saldaña
Paris. A viagem de descoberta começa com a leitura de um manuscrito da autoria
da ex-mulher do mexicano, Teresa, que morreu há pouco tempo e marcou a vida do
poeta como um ferro em brasa. O narrador não poderia adivinhar (porque nunca
podemos saber as verdadeiras consequências dos nossos actos) que a leitura
desse manuscrito teria o mesmo efeito sobre a sua vida.
As páginas escritas por Teresa revelam a sua adolescência no
seio de uma família portuguesa contaminada pela desilusão: um pai ausente e
alcoólico, um tio aventureiro e misterioso, uma mãe
demasiado protectora. Mas o que ressalta com maior
vivacidade daquelas páginas é o relato enternecedor do seu primeiro amor, ao
mesmo tempo que começam a insinuar-se na sua vida realidades grotescas e
brutais. Confrontado pela primeira vez com a suspeita dessa terrível
possibilidade, Saldaña Paris mergulha numa depressão profunda.
Determinado em libertar o amigo do poder corrosivo do mal, o nosso narrador
compõe então, peça a peça, a biografia involuntária dos dois amantes. Uma
biografia que passa pelo desvelar do passado, para que este não contamine
irremediavelmente o futuro.
terça-feira, 27 de maio de 2014
Impressão de Alexandre Quintanilha sobre a conversa na Biblioteca Municipal
Impressão deixada pelo cientista Alexandre Quintanilha sobre a conversa realizada no passado dia 9 de Maio na Biblioteca Municipal.
sexta-feira, 2 de maio de 2014
À conversa com... Alexandre Quintanilha
No próximo dia 9 de Maio, às 21.30 horas, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, vamos conversar com o cientista Alexandre Quintanilha sobre "Melhoramento Humano, como olhamos para o risco", e falaremos da obra "Frankenstein" de Mary Shelley.
O Cientista
Alexandre
Tiedtke Quintanilha nasceu em Lourenço Marques (Maputo) a 9 de Agosto de 1945 e
aí completou o ensino secundário.
Obteve o
seu B.Sc (Hon) em Física Teórica pela Universidade de Witwatersrand na África
do Sul, a mesma que lhe concedeu o grau de PhD em Física do Estado Sólido, em
Abril de 1972.
A partir
daí, decidiu dedicar-se à Biologia, na Universidade da California, onde
permaneceu quase 20 anos..
Em
Berkeley, criou o Centro de Estudos Ambientais, e desenvolveu investigação na
área do stress. Esteve intimamente envolvido na criação do novo
acelerador de investigação (Advanced Light Source), no lançamento do Human
Genome Center at Berkeley e de vários programas doutorais inter-disciplinares.
Como
vice-director no Lawrence Berkeley National Laboratory, secção de Energia e
Ambiente, e como professor de fisiologia celular e biofísica orientou o
trabalho de muitos jovens nestas áreas de investigação.
Vem para
Portugal em 1991 como director do Centro de Citologia Experimental da
Universidade do Porto e professor no Instituto de Ciências Biomédicas Abel
Salazar (ICBAS).
Criou o
Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), presidiu durante vários anos
ao Instituto de Engenharia Biomédica (INEB) e dirigiu, durante dez anos, o
Laboratório Associado que integrou estes dois institutos. Presidiu durante
vários anos ao Conselho de Gestão e Orientação do consórcio I3S-UP (Instituto
de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto), que inclui, para
além do IBMC e do INEB , também o IPATIMUP.
Publicou
mais de cento e trinta artigos em várias revistas científicas internacionais,
foi editor / autor de 6 volumes em áreas da Biologia e Ambiente, foi consultor
redactorial da Enciclopédia de Física Aplicada e escreveu dezenas de artigos e
relatórios em livros, revistas e jornais de divulgação, sendo ainda coordenador
e autor de vários trabalhos nas áreas da Biologia, Ambiente e Física Aplicada.
Presentemente, os seus interesses científicos são o stress biológico, o risco e
a divulgação da ciência.
Presidiu a
inúmeros grupos de trabalho na European Science Foundation (ESF), na Comissão
Europeia, na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e
é membro de várias sociedades cientificas assim como do Conselho para
Investigação e Exploração da National Geographic Society.
É membro
do President’s Science & Technology Advisory Council da Comissão Europeia,
secretário do Conselho dos Laboratórios Associados, presidente do Conselho de
Ética para a Investigação Clínica e membro do Conselho Nacional da Procreação
Medicamente Assistida e do Conselho Nacional para a Ciência e Tecnologia.
quarta-feira, 23 de abril de 2014
LIVRO DE TODOS OS DIAS
Entrei numa livraria. Pus-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida. Não chegam, não duro nem para metade da livraria. Deve certamente haver outras maneiras de se salvar uma pessoa, senão estou perdido.
José de Almada Negreiros, “A Invenção do Dia Claro”
sábado, 19 de abril de 2014
PÁSCOA FELIZ
Torna-se […] cada vez mais urgente subir ao monte, arrancar o Filho do madeiro e trazê-Lo para junto dos outros deuses, porque Ele é divino, e dos outros homens, porque Ele é humano. Para que, depois, reentre, chicote em punho, nos templos […] e varra de vez os bezerros de oiro dos vendilhões […] que andam a matar a dignidade à vida.
Natália Correia in "O Botequim da Liberdade", Fernando Dacosta
Subscrever:
Mensagens (Atom)