No próximo dia 19 de julho, às 21.30 horas, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, vamos estar à conversa com a escritora Raquel Ochoa. Nesta sessão será lançado o seu mais recente livro intitulado "As Noivas do Sultão".
A Autora
Lisboa, 1980. Licenciou-se em Direito. O
seu primeiro romance, A Casa-Comboio, que retrata a saga de uma familia
indo--portuguesa, foi galardoado com o Prémio Literário Revelação Agustina
Bessa-Luis, tendo sido também editado em ltália. Seguiram-se Sem Fim a Vista
— A Viagem, uma obra sobre a luta de um doente cardíaco contra a morte, e Mar
Humano, que decorre nos bastidores da imprensa e que constitui uma reflexão
sobre os desafios do jornalismo que actualmente se pratica. Publicou as
biografias A Infanta Rebelde, uma obra que testemunha o percurso da vida
singular e apaixonante da Infanta D. Maria Adelaide de Bragança, e Bana —
Uma vida a Cantar Cabo Verde, a biografia do famoso cantor e embaixador da
música cabo-verdiana.
Repórter de viagens, é ainda autora de O Vento dos Outros, que resulta de uma jornada de muitos meses por diversos países da América do Sul. No âmbito das «Viagens de Autor» promovidas pela agência Pinto Lopes, dirige grupos em expedições pelo Peru, Bolívia, Cabo Verde ou pela Índia Portuguesa. O resultado das suas inúmeras viagens pode ser lido em www.omundoleseaviajar.blogspot.com.
É colaboradora habitual de diversos jornais e revistas.
O Livro
Em 1793, Marrocos encontrava-se em
guerra. Abdessalam, o filho designado pelo imperador para o suceder, pediu à
sua mulher, à família real e às concubinas que saíssem de Casablanca. A viagem
até Rabat não deveria demorar mais do que dois ou três dias, mas uma tempestade
arrastou as embarcações para o Atlântico. Depois de quase perecer num
naufrágio, a comitiva marroquina chegou à ilha da Madeira e depois aos Açores.
Ali, foi obrigada a aceitar a ajuda de experientes marinheiros portugueses que
a guiou até Lisboa, onde chegou bastante debilitada. Na capital do reino,
mandatado pela rainha D. Maria I, Frei João de Sousa, um prestigiado arabista
membro da Academia das Ciências, mediou os encontros diplomáticos, tornando-se
o homem que mais privou com as princesas marroquinas.
Mas a presença da inusitada comitiva
estendeu-se por mais tempo do que o esperado e dentro do grupo de concubinas
nem todas pareciam querer, afinal, voltar a Marrocos.