O autor
Alfredo de Almeida Coelho da Cunha nasceu em Celorico da
Beira em 1953. Começou a carreira profissional ligado à publicidade e
fotografia comercial em 1970. Tornou-se colaborador do jornal Notícias da
Amadora em 1971. Ingressou nos quadros do jornal O Século e O Século Ilustrado
(1972), na Agência Noticiosa Portuguesa — ANOP (1977) e nas agências Notícias
de Portugal (1982) e Lusa (1987). Foi fotógrafo oficial do presidente da
República António Ramalho Eanes, entre 1976 e 1978. Em 1985, foi designado
fotógrafo oficial do presidente da República Mário Soares, cargo que exerceu
até 1996. Foi editor de fotografia no jornal Público entre 1989 e 1997, altura
em que integrou o Grupo Edipresse como editor fotográfico. Em 2000, tornou-se
fotógrafo da revista Focus. Em 2002, colaborou com Ana Sousa Dias no programa
Por Outro Lado, da RTP2. Entre 2003 e 2012, foi editor fotográfico do Jornal
ola e director de fotografia da agência Global Imagens. Actualmente, trabalha
como freelancer e desenvolve vários projectos editoriais. A sua primeira grande
reportagem foi sobre os acontecimentos do dia 25 de Abril de 1974. Alfredo
Cunha recebeu diversas distinções e homenagens, destacando-se a Comenda da
Ordem do Infante D. Henrique (1995) e as menções honrosas atribuídas no Euro
Press Photo 1994 e no Prémio Fotojornalismo VisãoBES 2007 e 2008. Realizou
várias exposições individuais e colectivas de fotografia, como Da
Descolonização à Cooperação (1983) e (1974), e já publicou dezenas de livros de
fotografia.
A obra
O PRIMEIRO GRANDE ÁLBUM DE RETRATOS DE ALFREDO CUNHA: ROSTOS
QUE CONTAM MEIO SÉCULO DA VIDA DE UM PAÍS.
A começar em Amélia Rey Colaço e a terminar em Zé Pedro,
passando por imagens que já fazem parte da história de Portugal — como o
icónico retrato de Salgueiro Maia —, Alfredo Cunha reúne agora em livro o
trabalho de uma vida, que é, afinal, de muitas vidas, de muitos rostos, de
muitos momentos e protagonistas de um país, num período que vai de 1970 até
2018.
«Os retratos são uma questão fundamental do trabalho do
Alfredo Cunha. Não estou a forçar a nota porque dá jeito para este livro, até
porque conheço a fundo o interesse total dele na reportagem, que principia
antes da casa de partida. Enche-se de perguntas primeiro e então lá vai.
Acontece ficar insuportável para quem está à volta, incluindo o repórter da
escrita. Há casos relatados pelo próprio, não é má-língua minha, e confesso que
nunca assisti a esses episódios. O que já vi é que ele fica como que esfomeado
por fotografar obsessivamente e tudo o que a história pode conter. Mesmo neste
afã, quando vemos as fotografias está lá a atenção aos rostos, aos olhares, às
pessoas. Folheio mais uma vez os inúmeros livros que publicou e penso: ele
conta histórias através das pessoas.» — Ana Sousa Dias
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