OS AUTORES
José Pedro Castanheira (Lisboa, 1952) é jornalista
profissional desde 1974. Tem formação em Economia e uma pós-graduação em
Jornalismo. Trabalhou em jornais como A Luta, O jornal e, durante
28 anos, o Expresso. Tem-se dedicado à grande reportagem e ao jornalismo
de investigação, e ganhou alguns dos mais prestigiados galardões atribuídos em
Portugal, entre os quais o Prémio Nacional de Reportagem de Imprensa (1993) e o
Grande Prémio Gazeta (2002). É autor de uma dezena de livros, nomeadamente Quem
Mandou Matar Amílcar Cabral? (1995, editado também em Itália e França);
Macau: Os últimos cem dias do império (2000); A Filha Rebelde
(com Valdemar Cruz, 2003, editado também em Espanha); Os Dias Loucos do PREC
(com Adelino Gomes, 2006); e Jorge Sampaio: uma biografia (2 vols.,
2012/2017).
António Caeiro (Moscavide, 1949) é jornalista
profissional desde 1975, com experiência em jornais diários, rádio e
semanários. Ingressou em 1978 na agência noticiosa ANOP, antecessora da Lusa,
onde trabalhou até 2015, tendo passado por Cabo Verde (dois anos) e depois por
Pequim (19). É autor de três livros: Pela China Dentro: Uma viagem de doze
anos (2004), Novas Coisas da China (2013) e Peregrinação Vermelha
(2016).
Natal Vaz (Lisboa, 195o) é licenciada em Filologia Germânica
pela Faculdade de Letras de Lisboa. Entrou para a redação do diário A
Capital em 1972. Foi cooperante em Cabo Verde, na revista Mudjer
(1984-85). Trabalhou no jornal Página Um, na ANOP e, desde 1987, na
agência Lusa, onde foi editora-adjunta das secções África e Internacional, bem
como redatora principal. Integrou a direção do Sindicato dos Jornalistas, o
extinto Conselho de Imprensa e a Comissão da Carteira Profissional de
Jornalista.
O LIVRO
“Governou Portugal durante quase quatro décadas, mas nunca
se deu a conhecer. A sua opção foi mesmo a de esconder tudo, de todos. O
presidente do Conselho não prestava contas do que fazia, nem de como vivia.
Salazar acabou por ser afastado na sequência da queda de uma
cadeira, no forte onde passava férias. Foi em setembro de 1968. Operado de
urgência ao cérebro, quase recuperou, mas dias depois sofreu um AVC. Esteve em
coma, melhorou e voltou para a residência oficial do presidente do Conselho.
Até morrer, quase dois anos mais tarde, ninguém ousou dizer-lhe que já não era
ele quem mandava, numa farsa só possível num país dominado pelo medo e pela
censura. O sucessor — Marcello Caetano — não conseguiu impor-se e, sem o seu
fundador, a ditadura não sobreviveu muito mais tempo.
Este livro retrata um ditador singular, que defendeu um
império do Minho a Timor mas nunca visitou nenhuma colónia, só saiu do país
para se encontrar com Franco em Espanha e andou uma única vez de avião para ir
ao Porto.
Escrito e investigado por três jornalistas, descreve também
o Portugal triste e pobre daquela época, apoiado em mais de uma centena de
testemunhos, revelando episódios até agora desconhecidos sobre a governação de
Salazar e a sua vida.”
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