segunda-feira, 27 de junho de 2011

A Passarada

Já andava aflita com o desapareciemnto da Passarada. Seria do calor e andavam de bico aberto, pelas esquinas, sem pio? Andarão a ver-se " ao espelho", a digerir a "assande de carne"? Ou haverá novo segredo na Vaticano e a Companhia anda a tramá-las?!
Afinal, nem todos estão à sombra. O nosso amigo Carlos (queriam saber o nome, não era?) está cheio de garra! Muito bem! Bela escrita. Também tenho tentado, ainda, ruminar (Não é muito de pássaro, pois não?) as últimas leituras, e ... conversamos na 6ª.
Entretanto, já degluti A humilhação, Philip Roth. Gostei. Recomendo.

As biacadas ternas da vossa
Escrevedeira


P.S. O que dirá de tudo isto o Dr. António Sousa Homem? Andará também muito ocupado? Já irá passar a pasta à Maria Luísa?

sábado, 25 de junho de 2011

A TERRA TODA, OS CEGOS E O ELEFANTE.

Um dia quatro cegos apalpavam um elefante. Um deles tocou-lhe na perna e logo exclamou:
- O elefante é como um pilar!
O segundo, que tacteava a tromba do bicho, disse:
- Não, o elefante é como uma serpente!
O terceiro apalpou a barriga do paquiderme e afirmou:
- Não, não. Não têm razão. O elefante é igual a um tonel!
Finalmente, o quarto cego, que acariciava as orelhas do animal, naquela forma definitiva dos “cegos”, afiançou:
- O elefante é como um abano!
Então, começaram a discutir entre si, a forma e o aspecto do animal e, quase chegaram a vias de facto. Um transeunte, vendo-os discutir, perguntou-lhes o que se passava. Cada um deles apresentou os seus pontos de vista e, no fim, pediram-lhe para decidir qual deles tinha razão. O transeunte, depois de meditar alguns momentos, sentenciou:
- Nenhum de vocês viu o elefante!
Vezes sem conta lembro-me desta parábola admirável. Ontem, depois de ter acabado de ler o último livro de José Manuel Saraiva, lembrei-me, mais uma vez, dos cegos e do elefante.
Rafael, personagem principal do romance, acabado de chegar aos sessenta anos, é abandonado por Sara, sua companheira dos últimos quatro. O episódio atira-o para uma depressão que a pouco e pouco o vai consumindo. Depois de muito instado por um amigo, lá resolve procurar a ajuda de uma psiquiatra que, no dizer do conselheiro, o irá para sempre libertar da solidão que o consome e das ideias que o mortificam. Em grande parte, o livro gira à volta das sessões com a psiquiatra Clara Gautier e é precisamente da primeira dessas sessões, que agora, finda a leitura, eu me recordo.
Depois de muito esforço - «Acredite que não foi fácil chegar até aqui, doutora» -, Rafael lá se decide encontrar com a clínica. O primeiro capítulo do livro relata a primeira sessão do programa de tratamento. O doente está ali para falar, e o médico só de quando em vez introduz uma ou outra pedrinha no discurso não para o travar mas, tão só, para o direccionar. E Rafael falou. Falou de Sara e de todos os gestos simples do dia-a-dia, mesmo daqueles que um amante empedernido como eu acharia sem qualquer significado. Falou do pai e da mãe como o teriam feito o Tony Soprano ou o Alexander Portnoy. Falou de casamento e de traição, falou de amor e de ódio, falou de verdade e de mentira, falou de tudo e falou de nada. E fê-lo com um discurso tão redondo, com umas frases tão concordantes, que eu pensei logo ali, no final do primeiro capítulo, ter encontrado a óbvia razão para o abandono da Sara: Cansou-se! Cansou-se de o ouvir e partiu para outra.
Vejo agora que aquele primeiro discurso transportava já sinais que indiciavam uma mente perturbada, mas eu, que não sou psicanalista e que acabo mesmo de ver esfumar-se alguma ténue ilusão, que pudesse ainda subsistir, de um dia vir a sentar alguém no meu divã, eu, dizia, não os consegui ler e, qual cego da parábola, quis logo tirar conclusões definitivas no final do primeiro capítulo. Erro meu. O último livro de José Manuel Saraiva, “A Terra Toda” é para se ir apalpando, tacteando, acariciando as páginas todas que só assim se compreenderá a mente intrincada de Rafael moldada pelas circunstâncias de uma existência difícil.


carlos ponte

terça-feira, 21 de junho de 2011

Próxima CONVERSA

Dia 15 de Julho, pelas 21,30 horas, na Sala Couto Viana, vamos estar À conversa com… José Manuel Saraiva, a propósito da apresentação do seu livro intitulado "A Terra Toda".



José Manuel Saraiva

José Manuel Saraiva nasceu na aldeia de Santo António d'Alva, em 1946. Foi jornalista, tendo pertencido aos quadros de O Diário, Diário de Lisboa, Grande Reportagem e Expresso.

É autor de dois comentários sobre a Guerra Colonial, produzidos pela SIC, um dos quais foi transmitido pelo canal Arte em França e na Alemanha. É sua igualmente a história que deu origem ao telefilme A Noiva, de Luis Galvão Teles.

Em 2001, publica a sua primeira obra, As Lágrimas de Aquiles. Seguiram-se os romances Rosa Brava (2005) e Aos Olhos de Deus (2008), que o consagraram como um dos mais populares autores portugueses.


                                   A Terra Toda

Abandonado por uma mulher que o traiu com outro homem, Rafael recorre às consultas de uma psicanalista, com quem acabará por se envolver. Só que ele não sabe que está com isso a ressuscitar o seu passado e a expor-se a uma traição ainda mais dolorosa. Fazendo uma pausa no romance histórico, que o consagrou como um dos mais populares autores portugueses, José Manuel Saraiva mergulha agora nas águas mais profundas da nossa actualidade, abordando um tema escaldante que fará ainda estremecer algumas boas consciências.


Origem: Wook.pt


À conversa com... Luís Miguel Rocha

foto reportagem



Dia 17 de Junho, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal






segunda-feira, 20 de junho de 2011

TESTEMUNHO DE LUÍS MIGUEL ROCHA

Aqui publicamos o testemunho deixado pelo escritor Luís Miguel Rocha relativo à sessão realizada no passado dia 17 de Junho, na Biblioteca Municipal.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

À conversa com... Luís Miguel Rocha

Dia 17 de Junho, às 21.30 horas, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, vamos estar À conversa com... Luís Miguel Rocha, a propósito do seu mais recente livro intitulado "A Mentira Sagrada", editado pela Porto Editora.
Luís Miguel Rocha
Nasceu na cidade do Porto em 1976, onde mora actualmente. Passou a infância e adolescência em Viana do Castelo.
Foi repórter de imagem, tradutor e guionista. Actualmente dedica-se exclusivamente à
escrita.
A Mentira Sagrada é o seu quinto livro, depois de Um País Encantado (2005), O Último Papa (2006), Bala Santa (2007) e A Virgem (2009). As suas obras estão publicadas em mais de 30 países e foi o primeiro autor português a entrar para o top do New York Times. O Último Papa, best-seller internacional, vendeu mais de meio milhão de exemplares em todo o mundo.

A Mentira Sagrada

Será que Jesus nasceu em Belém e viveu em Nazaré? E quem, na realidade, o condenou a morrer na cruz? E será que tudo isso aconteceu como está descrito na Bíblia ou... nada daquilo terá sido assim? Esqueça tudo o que sabe ou pensa que sabe sobre Jesus, o Cristo. Qual é o grande segredo do Vaticano que cada Papa tem de manter até à morte? E a que preço? O que está escrito no documento que apenas pode ser lido por Papas desde Clemente VII (1530) e agora está nas mãos de Bento XVI? Em 1947, um beduíno descobriu um conjunto de manuscritos em Qumran. Será que foi mesmo ele ou tudo não passou de uma encenação para esconder algo muito maior? E que tão importante evangelho guarda um milionário israelita em Londres? Será mesmo o mais importante documento da Cristandade? Este livro leva-o numa demanda em busca do Jesus verdadeiro, do homem, e não da fantasia em que se tornou ao longo dos séculos e milénios. Descubra Jesus, tal como ele foi. Um livro em que o papa Bento XVI e o Secretário de Estado Tarcisio Bertone também são protagonistas e onde todos os documentos mencionados existem realmente.