A Autora
Hélia Correia nasceu em Lisboa.
Licenciada em Filologia Românica, foi professora do ensino secundário. Poetisa
e dramaturga, foi enquanto ficcionista que Hélia Correia se revelou como um dos
nomes mais importantes e originais surgidos durante a década de 80, ao
publicar, em 1981, O Separar das Águas.
Seguiram-se romances como Montedemo, Insânia, A
Casa Eterna (Prémio
Máxima de Literatura, 2000), Lillias Fraser (Prémio de
Ficção do PEN Clube, 2001, e Prémio D. Dinis, 2002), Bastardia (Prémio Máxima de Literatura, 2006), e Adoecer (Prémio da Fundação Inês de Castro,
2012).
Na poesia, tem uma vasta
colaboração em antologias e jornais e publicou obras como A Pequena Morte/Esse Eterno Canto (em díptico com Jaime Rocha) e Apodera-te
de Mim.
A sua escrita para teatro tem
privilegiado os clássicos gregos. Destaca-se Perdição ─ Exercício sobre Antígona, O
Rancor ─ Exercício sobre Helena, e Desmesura
─ Exercício com Medeia.
Para a infância, salienta-se os
livros da colecção Mopsos, o Pequeno Grego: O
Ouro de Delfos e A
Coroa de Olímpia. Destaque também para as suas versões das obras de
Shakespeare, Sonho de Uma Noite de Verão ─ Versão
Infantil e A
Ilha Encantada ─ Versão para Jovens de A
Tempestade. Em 2011 publicou A Chegada de Twainy (infanto-juvenil).
A sua obra mais recente,
publicada em Fevereiro de 2012, intitula-se A Terceira Miséria.
O livro
«O regresso de Hélia Correia à
poesia é um regresso à memória e aos clássicos. É isso que explica o título
deste longo poema dividido em 32 secções: “A terceira miséria é esta, a de
hoje. / A de quem já não ouve nem pergunta. / A de quem não recorda.”» (…)
A «paixão pela Grécia, desde há
muito presente na obra de Hélia Correia, desagua agora neste livro de poesia,
onde a Grécia clássica surge como farol e como impossibilidade: “Para onde
olharemos? Para quem? / Certo é que Atenas se mantém oculta / E de algum modo
intacta, por debaixo / Do alcatrão, do ferro retorcido. / Certo é que nunca
ressuscitará / Visto que nada ressuscita.”»
[Carlos Vaz Marques, TSF]
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