terça-feira, 13 de março de 2012

À conversa com... Maria Teresa Horta

Dia 30 de Março, às 21.30 horas, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, vamos estar À conversa com... Maria Teresa Horta, a propósito do seu livro  "As Luzes de Leonor".


As Luzes de Leonor

Leonor de Almeida Portugal, neta dos marqueses Romance de Távora, e que viria a ser a 4.a marquesa de Alorna, foi enclausurada em 1758, com a mãe e a irmã, no convento de S. Félix, em Chelas, por ordem do futuro marquês de Pombal. Tinha 8 anos. Saiu com 27, precedida pela fama da sua beleza, Luzes e talento poético. Admirada na Corte, torna-se valida da Rainha D. Maria, que apadrinha o seu casamento – contrariado pelo pai – com o conde de Oeynhausen, oficial alemão ao serviço do exército português. Leonor obtém para o marido o cargo de embaixador de Portugal em Viena de Áustria, abrindo para si as portas da Europa civilizada. De passagem por Paris e na capital austríaca, torna-se notada nos salões mais cultos. Convive com Maria Antonieta e sua mãe, a imperatriz Maria Teresa. Sempre rodeada de livros e cadernos, percorre as estradas da Alemanha, França e Espanha. Vive, arrebatada, os primeiros passos da Revolução Francesa. De regresso a Portugal, enfrenta as intrigas montadas contra ela pela mediocridade da Corte do regente D. João. Viúva desde 1793, acaba expulsa do país, em 1803, por iniciativa de Pina Manique, que via nela uma perigosa jacobina, e do embaixador francês Lannes, pressionado por Paris a agir contra a agente anti-napoleónica condessa de Oeynhausen, que entretanto se tornara amante do jovem general da Vendeia, Henri Forestier.

A Autora
Maria Teresa Horta nasceu em Lisboa, onde frequentou a Faculdade de Letras. Jornalista e crítica literária, estreou-se na poesia, em 1960, com Espelho Inicial, tendo participado no ano seguinte no volume Poesia 61, com Tatuagem.
No romance surge com Ambas as Mãos Sobre o Corpo, em 1970, e no ano seguinte, conjuntamente com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, publica Novas Cartas Portuguesas, obra que valeu às autoras um processo judicial «por ofensa à moral pública» e que está editada em numerosos países. Destacam-se ainda Ema (Prémio Ficção Revista Mulheres) e A Paixão Segundo Constança H. Em 2004, foi condecorada pelo Presidente da República Jorge Sampaio com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. E, em 2010, foi distinguida com o Prémio Máxima Vida Literária pelo seu livro Poesia Reunida. O romance As luzes de Leonor, publicado em 2011, valeu à autora o “Prémio Literário D. Dinis”, instituído pela Fundação Casa de Mateus.

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